PAIR - PERDA AUDITIVA INDUZIDA PELO RUÍDO RELACIONADA AO TRABALHO Perda auditiva induzida pelo ruído relacionada ao trabalho O Comitê Nacional de Ruído e Conservação Auditiva, órgão interdisciplinar composto por membros indicados pela Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT) e pelas Sociedades Brasileiras de Acústica (SOBRAC), Fonoaudiologia (SBFa) e Otorrinolaringologia (SBORL) definiu e caracterizou a perda auditiva induzida pelo ruído (PAIR) relacionada ao trabalho, com o objetivo de apresentar o posicionamento oficial da comunidade cientifica brasileira sobre o assunto. Definição A perda auditiva induzida pelo ruído relacionada ao trabalho, diferentemente do trauma acústico, é uma diminuição gradual da acuidade auditiva, decorrente da exposição continuada a níveis elevados de ruído. Características Principais 1. A PAIR é sempre neurossensorial, em razão do dano causado às células do Órgão de Corti. 2. Uma vez instalada, a PAIR é irreversível e, quase sempre, similar bilateralmente. 3. Raramente leva à perda auditiva profunda pois, geralmente, não ultrapassa os 40 dB NA nas baixas freqüências e os 75 dB NA nas freqüências altas. 4. Manifesta-se primeira e predominantemente nas freqüências de 6, 4 ou 3 kHz, as quais levam mais tempo para serem comprometidas. 5. Tratando-se de uma patologia coclear, o portador da PAIR pode apresentar intolerância a sons intensos, zumbidos, além de ter comprometida a inteligibilidade da fala, em prejuízo do processo de comunicação. 6. Uma vez cessada a exposição ao ruído intenso não deverá haver progressão da PAIR. 7. A instalação da PAIR é influenciada principalmente pelos seguintes fatores: características físicas do ruído (tipo, espectro e nível de pressão sonora), tempo de exposição e suscetibilidade individual. 8. A PAIR não torna o ouvido mais sensível a futuras exposições a ruídos intensos. Á medida em que os limiares auditivos aumentam, a progressão da perda torna-se mais lenta. 9. A PAIR geralmente atinge o nível máximo para as freqüências de 3, 4, e 6kHz nos primeiros 10 a 15 anos de exposição, sob condições estáveis de ruído. PNEUMOCONIOSES : SILICOSE E ABESTOSE Nas muitas atividades de trabalho existem inúmeros e minúsculos contaminantes que ficam suspensos no ar. O ar que respiramos é composto de aproximadamente 21 por cento de oxigênio, 78 por cento de nitrogênio e 1 por cento de outros gases. Nesta combinação, estes gases mantêm a vida. Sua saúde depende do ar puro que você respira, porém quando outras subtâncias estão presentes, você está sujeito a irritações, indisposições, problemas de saúde e até mesmo a morte. Os riscos em um ambiente de trabalho, muitas vezes, não são percebidos Qual o papel da empresa? Sua empresa deverá inspecionar regularmente os locais de trabalho para identificar e avaliar a natureza dos riscos que podem estar presentes. Também proporcionar aos seus funcionários a proteção respratória adequada, bem como informações e treinamento, sobre o uso correto dos equipamentos. Você também desempenha um importante papel. Depois de selecionar o respirador apropriado deve utilizá-lo sempre que estiver em uma área que necessite de proteção respiratória. Para sua própria segurança, verifique se o seu respirador está se ajustando bem ao rosto e se é necessário algum reparo. Também deve comunicar à sua supervisão se houver problemas com o equipamento ou se você tem alguma enfermidade como asma, alergias ou pressão arterial elevada, que o impeça de usar um respirador. você e sua empresa podem trabalhar juntos para proteger a saúde dos trabalhadores em situação perigosa Uma das formas de proteger o trabalhador contra a inalação de contaminantes atmosféricos é através do uso de Equipamento de proteção Respiratória (EPR). Estes equipamentos, popularmente conhecidos como respiradores (máscaras), são constituídos por uma peça que cobre, no mínimo, a boca e o nariz, através da qual o ar chega à zona respiratória do usuário, passando por um filtro ou sendo suprido por uma fonte de ar limpa. Os respiardores filtrantes são geralmente compostos de várias camadas de filtros, que retém certos contaminantes suspensos no ambiente de trabalho. No Rio de Janeiro A vida e a saúde do trabalhador são constantemente ameaçadas por suas condições de trabalho que produzem um grande número de lesões, distúrbios e intoxicações, fazendo do Brasil um dos campeões mundiais de acidentes de trabalho. Algumas das causas mais freqüentes estão relacionadas ao manuseio de produtos químicos, à falta de manutenção de equipamentos por parte dos proprietários das empresas e à utilização insuficiente dos equipamentos de proteção individual. Enfrentar estes problemas também é função do SUS, junto com toda a sociedade. Campanhas de Segurança do Trabalho são determinantes para a proteção do trabalhador e para a redução do índice de acidentes, doenças, mortes e invalidez. O Conselho Estadual de Saúde do Trabalhador - CONSET, garante o controle social na área técnica e cria uma nova forma de fiscalização, com os Sindicatos atuando em todas as etapas, identificando os problemas e negociando soluções. Nesta luta para promover a Segurança e a Saúde do Trabalhador, estão unidos os Conselhos Profissionais, a Previdência Social, o Ministério e as Secretarias Estaduais do Trabalho, os Órgãos Ambientais, as Universidades, a FIOCRUZ e todos os Sindicatos. Qualquer irregularidade em seu ambiente de trabalho procure seus sindicatos. O (a) trabalhador(a) conhece, melhor do que ninguém, suas condições de trabalho. Afinal, ele sofre no seu cotidiano o desgaste decorrente do esforço físico, da aspiração de substâncias nocivas, do ruído, da ansiedade, da monotonia do trabalho repetitivo. Assim, conquistas em defesa da Saúde do Trabalhador dependem também da sua luta, ao se mobilizar na defesa de ambientes de trabalho mais saudáveis e dignos, incluindo esta questão na agenda de reivindicações No estado do Paraná. Título: Comitê Estadual de Investigação de Óbitos e Amputações Relacionados ao Trabalho O Comitê Estadual de Investigação de Óbitos e Amputações relacionados ao Trabalho foi implantado no Paraná em 1998, numa iniciativa inédita de diversas instituições com atuação na área de Saúde do Trabalhador, a saber: Secretaria Estadual de Saúde, Secretaria Municipal de Até o início de 2001 já tinham sido encaminhadas para investigação, pelas equipes de Vigilância Sanitária dos municípios, 1.332 casos de óbito ou amputação relacionados com o trabalho.
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